As estatinas (medicamentos redutores de colesterol) são a classe de medicamentos mais utilizados no Reino Unido e uma das mais utilizadas no mundo. As vendas mundiais giram em torno de 1 trilhão de reais (!).
Não há dúvida do benefício do uso de estatinas em pacientes com doenças cardiovasculares prévias. Entretanto, a maioria dos usuários dessas medicações o faz para prevenção, ou seja, para reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares como infarto e AVC (conhecido como ‘derrame cerebral’), sem ter tido estas doenças anteriormente.
Coloca-se a molécula do colesterol como culpada das doenças acima. Mas será isso realmente verdade? O que falam os estudos mais recentes?
Um estudo (meta-análise) publicado em julho deste ano no reconhecido jornal JAMA Internal Medicine avaliou 65 229 pacientes e concluiu que não há evidências do real benefício da terapia de estatinas na mortalidade por todas as causas em um cenário de prevenção.
Fonte: Statins and All-Cause Mortality in High-Risk Primary Prevention, publicado em 28 de junho de 2019 por Kausik K. Ray, MD, MPhil, et al. Arch Intern Med