Nascida em Curitiba, em uma família com quatro filhos, represento a terceira geração de médicos da família. Primeiro meu avô, ginecologista e obstetra, depois meu pai, neurologista renomado no Paraná. Ao longo da infância e adolescência fui atleta da natação. Joguei também Polo Aquático profissionalmente, tendo integrado a Seleção Brasileira Júnior deste esporte e representado o Brasil em Jogos Pan-Americanos – durante este período, vivendo no Rio de Janeiro. Após a conquista no esporte, e percebendo uma clara vocação para o auxílio ao próximo, decidi não focar mais apenas no meu próprio crescimento e realizações e, sim, dedicar minha vida aos demais, buscando fazer algo pelo bem de outras pessoas.
À procura de um caminho mais altruísta, voltei a Curitiba e dediquei-me aos estudos da Medicina, na Universidade Positivo. Nesta trajetória, busquei aliar o conhecimento científico especializado ao conhecimento holístico – de “holos”, que significa completo, ou seja, ver o ser humano como um todo, integralmente. Minha descoberta vocacional e escolha profissional passaram por profundos questionamentos sobre minha própria vida e pela permanente busca por autoconhecimento. O que sempre me moveu e motivou foi o sentimento de querer curar e amenizar as dores das pessoas, além de proporcionar ferramentas para que possam lidar melhor com o sofrimento e com a dor.
Desde cedo entusiasta das terapias não convencionais, sempre me interessei pela busca da verdade como um todo, o que me levou a percorrer também o caminho da Filosofia, da qual sou estudiosa e professora. Desta forma, há anos venho estudando sobre a compreensão das causas profundas das enfermidades, uma vez que compreendo que, enxergando a raiz dos problemas, podemos, de fato, resolvê-los, ao invés de “maquiá-los” com algo que trate apenas os sintomas.
Lembro-me, até hoje, quando ainda realizava meus estudos na universidade, da primeira paciente com quem desenvolvi um vínculo importante durante seu tratamento. As conversas, a confiança e o laço gerado me ensinaram o quanto a relação médico-paciente é importante durante o tratamento das enfermidades, proporcionando, visivelmente, melhores resultados. A ideia de saúde, a meu ver, tem relação com o despertar de uma força de cura que existe no interior de cada indivíduo. Procuro, portanto, ajudar meus pacientes a encontrarem o “médico” interno que existe em cada um deles – fazendo com que hábitos, pensamentos e emoções, todos juntos, caminhem em direção ao bem-estar e à saúde.
Durante minha trajetória, trabalhei com Pesquisa Clínica de desenvolvimento de novos medicamentos, estando vinculada, por dois anos, ao Hospital da Cruz Vermelha, na área de desenvolvimento de medicamentos para Diabetes Mellitus tipo 2. Fui, além disso, Coordenadora de Pesquisa Clínica do Centro de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, voltado à investigação de novos tratamentos em Doenças Inflamatórias Intestinais (Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa). Já radicada no Rio Grande do Sul, trabalhei como Médica de Família no município de Santa Cruz do Sul.
Neste percurso, também tornei-me escritora e poetisa: tive poesias publicadas no Concurso Literário da Associação Médica do Paraná, em 2017, e trabalhei durante um bom tempo como tradutora na área médica, tendo traduzido artigos para importantes pesquisadores nacionais.