Já vimos nos últimos artigos da série Homeopatia nas Epidemias que este sistema de medicina tem ação comprovadamente eficiente no combate a doenças epidêmicas. Mais do que isso, os tratamentos homeopáticos foram uma peça chave no controle de surtos de diversas doenças ao longo da história.
Durante esta epidemia mundial de Covid-19, o cenário não é diferente. Os profissionais da saúde com especialização na área da homeopatia estão trabalhando intensamente para desenvolver tratamentos eficazes e ajudar a população a se manter saudável frente a esta nova doença.
Através deste processo, uma das soluções homeopáticas que mais está ganhando destaque é o Coroninum. Neste artigo, vamos entender o que é esta substância, qual a teoria médica por trás do seu desenvolvimento e as principais dúvidas do público a respeito deste medicamento. Confira abaixo.
O que é o Coroninum?
O nosódio de Coronium é como vem sendo chamado o bioterápico preparado a partir de materiais coletados de pacientes infectados pelo coronavírus. No seu desenvolvimento, os profissionais homeopáticos utilizam as secreções de quem está acometido pelo vírus para preparar um medicamento capaz de prevenir e curar a doença em outros indivíduos.
O material biológico é preparado conforme a farmacotécnica homeopática, passando por processos de dinamização para que se torne o produto final utilizado como medicamento. Sua preparação deve seguir várias medidas e cuidados para assegurar a qualidade do preparado farmacêutico, além de garantir a segurança dos profissionais envolvidos. Como resultado, o medicamento é legal e semelhante a qualquer outro nosódio utilizado na homeopatia.
Para entender como funcionam os princípios norteadores do desenvolvimento do Coronium, é necessário compreender o que são os bioterápicos e seus principais aspectos. Vamos ver o que a homeopatia diz sobre o assunto a seguir.
O que são os bioterápicos?
O Coroninum é um medicamento bioterápico. Isso significa que ele é preparado a partir substâncias ou agentes que causam a doença ou relacionados ao desenvolvimento dos sintomas – como secreções, excreções, tecidos, órgãos, produtos de origem microbiana e alérgenos.
Conforme a 3ª edição da Farmacopeia Homeopática Brasileira, os produtos biológicos utilizados para o desenvolvimento podem ser classificados em nosódios ou sarcódios, sendo que os nosódios são materiais patológicos e os sarcódios são materiais não patológicos. No caso do Coronium, ele é considerado um nosódio, pois utiliza produtos biológicos patológicos coletados de pacientes infectados pelo vírus do Covid-19.
Eles são utilizados principalmente em quadros de hipersensibilidade, intoxicação, sintomáticos provocados por substâncias de origem biológica e de infecção em que o agente etiológico é conhecido. Além disso, possuem várias classificações internas referentes ao método de preparo homeopático utilizado em seu desenvolvimento, podendo ser hetero-isopáticos, auto-isoterápicos ou bioterápicos de estoque.
Todos esses medicamento bioterápicos são usados recorrentemente e estão previstos na farmacopeia homeopática brasileira.
As principais dúvidas a respeito do Coroninum
Em entrevista para a UPF TV, o presidente da ABFH, Dr. Javier Salvador Gamarra Junior, tirou as principais dúvidas a respeito do Coroninum.
Nesta oportunidade, Dr. Javier ressaltou a utilização da homeopatia na melhora a condição física e mental em geral. O organismo é estimulado e reagir contra os problemas de saúde que surgem, ajudando no bem-estar geral e permitindo que o sistema imunológico atue com mais eficiência – e é desta forma que a homeopatia pode contribuir no combate ao coronavírus.
Ele destacou que não há agentes terapêuticos eficazes e nem vacinas contra o COVID-19. Entretanto, o uso do nosódio Coroninum, que é um bioterápico obtido de secreção de pacientes positivos para COVID-19, está sendo testado por um grupo de pesquisa de várias cidades (Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo).
É importante ressaltar que o Corininum está sendo submetido ao protocolo experimental homeopático com acompanhamento da Associação Médica Homeopática Brasileira e Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas para que o desenvolvimento desse medicamento seja feito seguindo todos os trâmites técnicos, éticos e legais necessários.
Com base nos resultados obtidos até o momento, acredita-se que o Coroninum pode auxiliar nos sintomas relacionados com a COVID-19 (para pacientes infectados) ou para o aumento da imunidade de forma mais específica para o vírus. Entretanto, trata-se de um medicamento que deve ser prescrito por um profissional de saúde habilitado para um tratamento eficiente.
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Você já tinha ouvido falar sobre o Coroninum? Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Entre em contato comigo que ficarei muito feliz em ajudá-lo.
Referências
Souza Dias, M. H.; Machado, F. B. FUNDAMENTOS HOMEOPÁTICOS: O FARMACÊUTICO E OS BIOTERÁPICOS. Revista Eletrônica Saúde Multidisciplinar da Faculdade Mineirense. Vol. I – agosto/2013.
Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH. Entrevista para a Universidade de Passo Fundo – COVID-19. Disponível em: https://abfh.org.br/2020/05/22/entrevista-para-a-universidade-de-passo-fundo/
Associação Médica Homeopática Brasileira. INFORME OFICIAL DA AMHB – DIRIGIDO AOS MÉDICOS HOMEOPATAS SOBRE A COVID-19. Disponível em: https://amhb.org.br/informe-oficial-da-amhb-dirigido-aos-medicos-homeopatas-sobre-a-covid-19/
Teixeira, M. Z. Protocolo de pesquisa clínica para avaliar a eficácia e a segurança de medicamento homeopático individualizado no tratamento e prevenção da epidemia de Covid-19. Associação Paulista de Homeopatia (APH). Março/2020.